11/10/2024

Em constante movimento, mercado busca profissionais que acompanhem seu ritmo

*Por Roberto Vilela, consultor empresarial e estrategista de negócios

O mercado, em constante evolução, exige uma postura de adaptação contínua para aqueles que desejam se manter relevantes e competitivos. Seja qual for o setor, o recado é claro: evoluir não é opcional, é uma questão de sobrevivência. 2025, por exemplo, já está batendo à porta com suas demandas e expectativas, e é preciso estar preparado. Para empresas e profissionais, isso significa adotar uma postura ativa em relação ao aprendizado constante, à revisão de estratégias e à disposição para mudar, se for o caso. Quem se recusa a acompanhar o ritmo das transformações corre o risco de perder espaço e comprometer a própria relevância.
 
A evolução do mercado não acontece de forma isolada. Tecnologias emergentes como inteligência artificial, automação, internet das coisas (IoT) e análise de dados estão reformulando a forma como os negócios são conduzidos. A capacidade de interpretar dados, tomar decisões rápidas e se conectar com as novas demandas dos consumidores define as empresas que prosperam daquelas que se perdem no tempo. Para os profissionais, a mesma lógica se aplica: as habilidades de ontem podem não ser suficientes para os desafios de amanhã. E para quem tem medo de ser trocado pelas novas ferramentas que chegam, digo que isso não vai acontecer se você se adiantar e dominá-las. 
 
E em tempos de evolução acelerada, a palavra de ordem é adaptação. Se observarmos com atenção, muitas carreiras já vêm há algum tempo sinalizando a necessidade de seus profissionais revisarem comportamentos, estratégias e, sobretudo, se abrirem ao novo. Essa transição, contudo, nem sempre é simples. Por vezes, mesmo quando há a consciência da urgência por mudança, muitos profissionais resistem.
 
Esse comportamento é comum, frequentemente motivado por insegurança ou medo. Mudar implica, muitas vezes, sair de uma posição de conforto, onde já somos referência, para um estado em que nos tornamos aprendizes novamente. E essa é uma barreira psicológica importante, pois nos coloca em uma condição de vulnerabilidade. No entanto, é justamente esse estado de "aprendiz" que nos mantém em movimento, nos impulsiona a evoluir e a acompanhar as demandas de um mercado em constante renovação.
 
Além das inovações tecnológicas, as mudanças sociocomportamentais são igualmente impactantes. Novas gerações, que entram agora no mercado, têm expectativas muito diferentes quanto ao ambiente, valores organizacionais e propósito. As empresas que não estiverem prontas para lidar com essa nova mentalidade, que valoriza inclusão e sustentabilidade, e que também não está tão disposta a buscar cargos de liderança, enfrentarão grandes dificuldades na retenção de talentos e na conexão com seus consumidores. 
 
Para empresas e profissionais, a evolução deve ser vista como um ciclo contínuo, onde aprender, desaprender e reaprender são partes essenciais do processo. Aqueles que abraçam a mudança e se dispõem a evoluir, tanto no campo das habilidades quanto nas atitudes, estarão prontos para prosperar em 2025 e além.

Legenda: Roberto Vilela é consultor empresarial e estrategista de negócios, com atuação em várias empresas pelo Brasil
Créditos: Mel Pacheco